Por Tati Rosset
Hoje foi um dia produtivo. Exalto ainda: Produtivíssimo. Por quê? Simples: eu relacionei o temo do post de hoje com as minhas duas matérias favoritas: Literatura e História Geral. Vou começar então.
O Maurício falou hoje de dois tipos de personagens normalmente encontrados em romances: a personagem plana e a personagem redonda. A partir desse slide (era um data show) eu comecei uma viagem, procurando sempre uma certa coincidência entre essas personagens e a vida real.
De acordo com o Maurício e os séculos de estudos literários, a personagem plana é uma personagem, digamos, previsível, que mantêm as mesmas características psicológicas do começo ao fim da obra. Enquanto as personagens redondas são exatamente o oposto: aparentam durante o livro ser de uma maneira, e de repente se transformam, agindo contra seus antecedentes, tomando atitudes nada convencionais, inesperadas.
Pois bem, a partir daí comecei a pensar sobre isso: A vida é como se fosse um livro não é? A partir do momento em que nascemos, temos uma página em branco (ou várias) para cada dia, para preênche-las com nossas decisões, histórias, risadas, tristezas. Se a vida é um livro, então nos somos a personagem do nosso livro (entende-se nossa vida), portanto somos personagens redondas ou planas. E qual personagem seria mais divertido ser? Que personagem eu sou?
Os intervalos se passaram, assim como as aulas de exatas (que não dão vazão alguma para os meus pensamentos), e cheguei à aula do meu querido Gian, que estava tratando sobre o meu período cultural favorito da história: O Renascimento (Shakespeare, Dante, Cervantes, Da Vinci sempre me atraíram). O Renascimento trata principalmente dessa tênue linha entre a razão e a emoção, a proporção, a ciência e a religião. Opa, rolou uma ligação, e então meus pensamentos da aula do Mau voltaram mais fortes do que nunca.
Olhando por certo ângulo, podemos ver que os personagens planos são a razão do Renascimento: eles (querendo ou não) agem de acordo com regras, suas próprias regras! São previsíveis, gostam de rotina, não fazem nada muito fora do normal, o que nos leva a concluir que sim, eles pensam antes de fazer alguma coisa. Já a personagem redonda é a emoção: é afobada, fala depois pensa, não leva as coisas muito a sério e do nada, quando você menos espera, toma uma atitude que nem você, e nem mesmo Deus, imaginariam que ela tomaria.
Adorei essa relação! E vim no metrô escrevendo sobre isso. Admito que não ficou tão bom quanto na minha cabeça, e que talvez metade dessas palavras não façam sentido algum, mas acho que é um ponto bom de partida. O próprio metrô é uma personagem(nessa caso redonda, porque eu nunca sei se vou pegar a estação da Sé cheia ou não) do meu livro e de mais milhares de pessoas!
Cheguei à conclusão que sou uma personagem redonda: eu sou muito mais emoção do que razão na maioria dos aspectos, eu falo e depois penso (e ai percebo a grande besteira que saiu da minha boca), e chego a conclusões muitas vezes equivocadas, pelo simples fato de que eu vejo, ai acho, e depois reflito.
É isso, sinto falta da minha querida Av. Paulista (desabafo, mas sinto mesmo), tava precisando ir lá.
Olá... vi a "fake-publicidade" desse blog numa comunidade do orkut. Fiquei curioso e entrei. Gostei das sacadas, pessoal. Parabéns!
ResponderExcluirSem demagogias, tem uns posts ótimo (e uns médios.. hehehehe)Mas no geral, achei maravilhoso. Esse das personagens achei fantástico. Enfim, sem mais delongas...! parabéns!!!