segunda-feira, 11 de maio de 2009

Desculpas ao som de Oasis

Por Tati Rosset

Agora munida da minha caixa de lenços, do meu cobertor, da minha cama e das minhas apostilas me encarando, eu posso, finalmente, escrever decentemente. Peço desculpas pela minha prolongada ausência (abusando do português coloquial), mas foi uma semana realmente agitada.

Pois bem, gostaria de me desculpar principalmente para o nosso querido e provavelmente único leitor. Sim, eu li sua critica, e vou respondê-la dignamente, pois um comentário daqueles não pode ser respondido de qualquer jeito. Eu queria principalmente agradecer pela critica. Pode parecer demagogia e tals, mas foi algo que realmente me fez bem, foi um “balde de água fria”. Nunca tinha recebido uma critica tão dura e tão direta a um defeito que eu sei que tenho. Sim, sou orgulhosa, e sou realmente arrogante, admito, culpa minha. O único problema é que naquela frase em questão, em que a minha arrogância foi julgada, foi um dos momentos (raros) que eu não estava sendo arrogante!

Eu sei que pode parecer estranho, mas quando redigi aquele começo de post, não foi pensando nas minhas vastas experiências, mas sim nas experiências das outras pessoas, e justamente por eu não ter uma bagagem tão ampla que gosto de compartilhar histórias! Para mim, até as histórias do meu irmão mais novo são algo a ser compartilhado e ser ouvido com cuidado, porque das histórias dele podemos tirar uma lição de vida.

Por exemplo, eu tenho uma prima de sete anos de idade, e como toda boa criança de sete anos de idade, o que ela mais faz na vida é falar bobagem! Mas sabe que até que algumas bobagens que ela diz fazem sentido? É incrível como o mundo das idéias (grande Platão!) é contraditório!

Na verdade, é justamente por esse motivo que sou tão urbana, que amo tanto São Paulo, que pego metrô todo dia as seis da manha e não me canso: Porque enquanto eu estou na minha viagem diária, várias outras pessoas estão fazendo suas próprias viagens! E quais são as viagens delas? Suas histórias? Suas frustrações? E imagine se ampliarmos essas perguntas para o metrô de Londres, Paris, Nova York! Por isso não conseguiria morar no meio do mato: eu não estaria cercada de histórias!

O ser humano foi algo que sempre me intrigou, que sempre me deixou raivosa e ao mesmo tempo encantada (como uma pessoa falar que faz aniversário no mesmo dia do seu cantor favorito e depois te deixar irritada, mas isso é outra história)! Mas ultimamente tenho me intrigado cada vez mais, talvez por entender tudo com um pouco mais de clareza, por estar vivenciando uma experiência que não serão meus pais, nem quem está ao meu redor que será prejudicado se eu falhar, mas sim eu mesma. È uma grande responsabilidade, e acho que nunca senti algo nesse nível na minha vida antes.

Portanto, peço desculpas, prestarei mais atenção na minha escolha de palavras, se ela é apropriada ou não, e vou prestar mais atenção na minha arrogância, um defeito que tenho e que precisa ser mudado. Não foi meu intuito, nunca foi, sou apenas alguém que gosta de ouvir e compartilhar histórias, que não conseguiria viver num monologo. Inclusive as suas histórias, meu querido critico, eu gostaria de ouvir. Afinal, quem lê tantos textos deve ter inúmeras historias pra contar!

É isso, espero não demorar mais pra escrever. Para o tempinho frio, agradável de completamenta foggy que estamos observando durante as nossas manhãs, eu recomendo Oasis, é o que estou ouvindo nesse exato momento.

Tati Rosset

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