sexta-feira, 29 de maio de 2009

Nem tem título

Por Leandro M.

Hoje o dia foi, sem dúvidas, diferente! Eu estava alegremente curtindo meu prolongado inferno astral enquanto aguardava meu velho e querido ônibus pra ir embora...e aguardava...e aguardava... ele estava visivelmente atrasado e eu visivelmente irritado. Cansado de esperar, decidi pegar o primeiro ônibus que aparecesse e descer no ponto final! [malandragem mode on].

Para a minha sorte veio um “praça da sé” e eu não teria que andar tanto pra chegar no terminal. Alegre e contente, peguei o ônibus e desci no ponto final que era entre a querida Faculdade de direito do Largo São Francisco e a Praça da Sé... logo mais à frente eu ouvi um certo tumulto e, medroso que sou, entrei em um sebo para me proteger e talvez fazer algumas comprinhas!

Depois de adquirir um livro e alguns ácaros, continuei minha jornada emocionante pelo Marco Zero de Sampa e descobri que o “tumulto” era, na verdade, algum tipo de protesto por parte de pessoas que realmente acreditam nas bobagens que ouvem e acham que um dos presidenciáveis desse meu Brasil varonil vai privatizar até o ar que respiram bem em frente à escadaria da catedral.

Ignorei os anencéfalos barulhentos e segui meu caminho passando por uma roda de pessoas que assistiam um bêbado pastor fazer exorcismos em praça pública e algumas belas jovens que me ofereciam serviços... eis que surgiu diante de mim,no prédio da caixa, o verdadeiro tema deste post! É! Você perdeu um belo de um tempo 

É o seguinte! Está rolando na Caixa Cultural, a exposição de fotografia “A New York Hotel Story” da fotógrafa canadense Nathalie Daoust. Tudo bem que é só uma parte do acervo da exposição, mas tem fotos muito boas! Quem puder ir, vale totalmente a pena. E o melhor : é grátis!

No mesmo prédio também tem uma exposição sobre índios na Amazônia... e é bem legal se você tiver interessado em índios e índias usando havaianas e shorts.

Também nesse ilustre prédio tem o museu da CAIXA e lá tem várias coisas de museu! É pessoal. Vale a pena pela vista das janelas e pelo clima “filme de terror” proporcionado pelos vários quadros e móveis velhos... principalmente se você for o único visitante.

Bom! Amanhã é um dia especial viu galera? Tem festa da FAU! E também é aniversário da minha queridíssima Tati... mas isto é secundário.

Fui!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Caixa de sonhos.

Por Tati Rosset

Hoje é o dia da alegria. Mentira, mas hoje foi um dia bom. Ontem eu li um texto do Veríssimo, e juro que nunca me identifiquei tanto com um texto quanto ontem, foi a experiência mais mágica da minha vida, saber que um dos meus maiores ídolos é tão estranhamente parecido comigo. Me explico:

Ele relata uma consulta dele com um psicólogo, e enquanto ele está na sala de espera, esperando para ser atendido, ele começa a reparar nas pessoas que estão no mesmo espaço que ele, e cria histórias super fantasiosas sobre as mesmas, que no fim acabam sendo bem mais simples do a que a imaginação do autor.

Eu me sinto exatamente como ele, é algo realmente impressionante. Quando estou no metrô, a coisa que mais gosto de fazer é olhar pra alguma pessoa e imaginar a história de vida delas, seus sonhos, suas angústias. É intrigante, tantas coisas surgem na sua cabeça de uma hora pra outra, porque uma expressão revela tantas coisas!

É mais normal criar histórias para as pessoas da minha faixa etária. Como pego o metrô muito cedo de segunda a sábado, normalmente são as pessoas que tem o mesmo estilo de vida que eu (entende-se cursinho) que pegam metrô no mesmo horário. Não querendo “puxar o saco” da minha geração, mas é incrível como o nosso olhar transmite sonhos. Parece que com o tempo, nossos sonhos vão se perdendo, nos vamos no tornando mais preocupados em ganhar dinheiro do que em realmente realizar nossos sonhos. E isso não acontece só da faixa “jovem” pra faixa “adulta”, mas sim em todas as fases!

Por exemplo, quantos sonhos nós não tivemos na nossa infância que nunca nem realizamos. Sabe aquele pônei rosa que você queria colocar no seu quarto de 2x2? Não ganhou né? E aquele castelo que você ia construir naquele país que você nem conhecia o nome (e hoje você já sabe a bacia hidrográfica e o relevo do lugar)? Esqueceu dele também?

Nós tínhamos tantos sonhos! E eles eram sazonais! Trocavam com a mesma facilidade que trocávamos de roupa. E, conforme o tempo passa, nossos sonhos vão se perdendo, vão se tornando menos importantes.

Nosso sonho de salvar o mundo da poluição se perde quando precisamos trabalhar numa fábrica que só gera lucro quando produz poluição. Nosso sonho de acabar com a pobreza acaba quando precisamos de subordinados, que nos obedeçam não por respeito, mas pelo 13° do final do ano.

Espero não ser assim, espero continuar tendo sonhos. Não só os concretos! Quero sonhar principalmente com o que não consigo tocar, quero criar meu próprio refugio, minha caixa de sonhos! E talvez eu consiga...

Talvez se eu não esquecer de quem sou hoje,
Talvez se eu não esquecer de quem está do meu lado hoje,
Talvez se eu não me distraísse tanto,
Talvez se eu não falasse sozinha comigo mesma em lugares públicos (e lotados),
Talvez se eu transformasse o mundo em algo mais simples,
Talvez se eu tivesse minha caixa de sonhos,
Talvez se você tivesse a sua,
Talvez o mundo e os sonhos não seriam um tão grande talvez.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Time to relax.



Saia da prova e tire o dia para desenhar! Sente no centro da cidade, peça um café e leve um lápis. É fácil! meia dúzia de rabiscos, se auto intitule surrealista, misture quadros e ninguém vai ver que você não sabe desenhar. :)

prometo que em breve posto algo legal!

Leandro

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Brainstorm

Por Tati Rosset

Eu estava sem a menor inspiração hoje pra escrever algo no blog, acho que é porque gastei toda a minha criatividade durante a aula de redação, com um café numa mão e uma caneta na outra. Mas enfim, faz um certo tempo que não apareço por aqui (certo tempo? São quatro dias! Isso que é falta de compromisso com alguma coisa! Peço desculpas) e resolvi escrever algo, produtivo, mas menos significativo.

Como sempre acontece quando a inspiração me falta e as minhas crises do escritor me afligem, resolvi fazer uma viagem ao passado: peguei todas as cartas que recebi durante minha vida, reli históricos de MSN que não lia há muito tempo e até minhas agendas do fundamental receberam sua dose de leitura hoje.

É incrível o quanto me divirto lendo as besteiras que eu já pensei e escrevi, e aposto que quem vê as fotos de um passado não tão distante também sente a mesma coisa que eu sinto lendo o que já escrevi.

Sempre que leio essas coisas que tanto marcam minha vida, as frases que normalmente me vem à cabeça são coisas do tipo: “como eu pude escrever isso?”; “eu não sabia que coisa se escrevia com S e não com Z?”; “Gente, como eu pude me empolgar com uma atitude besta dessas?”.

Na época eu tinha uns 12 anos, não tinha personalidade formada, não tinha nada formado, era mais cabeça oca que a maioria das meninas da minha idade (exagero mode on), e hoje é normal pensar uma coisa dessas, afinal graças a Deus as pessoas evoluem! Agora, mas e quando você chega na chamada “idade adulta”? Sua personalidade está formada, do que você gosta e não gosta também. Você sabe definir se é um solo de guitarra ou um cara cantando músicas meladas que te fazem feliz, você sabe escolher as suas amizades, você se junta com pessoas que se pareçam com você e blah blah blah...

Mas até onde isso é verdade? Afinal, afinidade é uma coisa, mas ser parecido é outra. Nunca na existência da terra terão duas pessoas iguais! Cada um com seus defeitos e com suas virtudes! Mas até onde nós sabemos definir o que é certo e errado? Educação? Convivência? Cultura? “Desligue a televisão e vá ler um livro”?

Não sei, juro que não sei. Sei do que gosto, e sei também do que não gosto. Sei que o que escrevi ontem é besteira pra mim hoje, e talvez o que escrevi hoje será ridículo pra mim amanhã! Sem medo de errar, sem falsas impressões a passar. Apenas o que você é naquele momento, uma unidade, uma pessoa única.

Voltando de metrô pra casa hoje percebi que o meu horário favorito de São Paulo é 5:30, 6 da tarde. O sol bate num ângulo perfeito nos prédios, o céu esta no esplendor de seu azul acinzentado e as pessoas circulam com mais furor que normalmente circulam (tanto as pessoas como os helicópteros). Quem mais será que vê a cidade do jeito que eu vejo? Acho que ninguém pensa nisso quando ta no metro lotado. E sabe por quê?

Porque eu, você, e todo mundo, somos únicos; Insubstituíveis e inesquecíveis.

Philosophie de la Taverne II

Post à la Twitter:

Hoje eu percebi que o metrô é o melhor lugar pra estudar física.
É lá que você sente na pele que 2 corpos não conseguem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo.

Ainda tenho esperanças que as pessoas percebam isso e eu nunca mais fique esmagado

E, ah! não acreditem na previsão do tempo.


Beijos e boa SEXta feira
Leandro

terça-feira, 19 de maio de 2009

Através do vidro do meu ônibus.

Por Leandro M.

Oi pessoal! Finalmente estou livre e a casa fede menos, já posso escrever!
Bom, a semana passada foi bem ruin! Mas, pelo menos, a casa manteve a integridade física e eu também. Sabe, passando a raiva, foi uma semana até engraçada! Na quinta feira eu cheguei em casa e a minha vó estava sentada no quintal olhando pra parede com uma caixa de leite em uma mão e um cigarro na outra... e ela ficou assim por um bom tempo... O que leva alguém a ficar sentada fumando com uma caixa de leite na mão? Tenso!

Fora o “nojinho” que resta em 96% dos locais (inclua ai meu cobertor que está com uma deliciosa fragrância) está tudo muitíssimo bem! Minha cachorra até parou de se esconder embaixo da lava-roupas.

Mudando de assunto...

Tati! Sua burguesinha. Bem vinda ao meu cotidiano na zona leste. A diferença é que aqui a própria natureza encarrega-se de se livrar dos corpos (lê-se decomposição). Você fala de ir pra outro município como se fosse uma puta viagem! Santo André é aqui do lado. E como foi o casamento? A galera quer saber! Pronto, intertextualidade feita, vou falar as minhas bobagens.

Da janela do meu ônibus eu também vejo, diariamente, coisas que são realmente intrigantes. Apesar de tudo que acontece, toda a violência, falta de um monte de coisas, o Brasileiro consegue ser feliz! É bem a cara daquela música do Vinny de Moraes : “mesmo com toda a (...) a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa (...)”.

Às vezes dá até pra esboçar um sorriso quando, passando pelo maravilhoso, multifacetado e cosmopolita Terminal Pq. D. Pedro II, você pode ver vários moradores de rua brincando de jogar água nos outros, sacaneando o outro quando o mesmo está atendendo à um chamado da natureza ou até mesmo casais namorando embaixo da árvore. É aquele sentimento que meu professor de literatura disse uma vez: “vamo lá galera, tá ruin mas ta bom! Vamo indo, vamo LEVANDO!”. Vinny estava certo, outra vez.

Os Paulistanos são tão engraçados que, no centro, mesmo quando chega a polícia ou “o rapa” os camelôs saem correndo dando risada. Falando nisso, hoje eu percebi que tem algumas coisas que Brasileiro adora ver, desgraça alheia é uma delas. Acidente na rua? Metade da população tá em volta. Alguém morreu no meio da praça da sé? São Paulo pára pra ver. Cantada de pneu seguido de barulho de batida? O transito pára e só anda depois de 40 minutos no mínimo. Correria então? Meu deus! Vai na 25 de março e grita “OLHA O RAPAAAAA”. Vai ser o dia mais divertido da sua vida, e talvez o último.

São Paulo é ótima! Com apenas 2,30 e alguma imaginação você se diverte de montão.

Ótimo slogan pro Kassab! Mentira, foi péssimo.

Beijos e Abraços!

domingo, 17 de maio de 2009

Através do vidro do meu carro

Por Tati Rosset

O nível de improdutividade hoje está alto. Não tenho grandes casos pra contar, nem o Lê, mas ai eu lembrei de algo que me aconteceu na sexta feira, e que me fez conhecer a São Paulo por trás da São Paulo que eu achava que conhecia.

Estava eu e minha família indo para um casamento em um local que nem na cidade de São Paulo é: já era outro Município, mas era pertinho e eu tinha aula no sábado, então resolvemos ir e voltar pra casa, e não ficarmos em um hotel ou coisa parecida. Nos arrumamos e saímos da casa da minha vó (que é um pouco melhor que a vó do Lê) pontualmente as oito horas (meu pai nos obriga a ser pontuais). Pegamos a Ayrton Senna (tão famosa Ayrton Senna), passamos pelo aeroporto, e ai chegamos ao tema do meu post de hoje.

Não sei exatamente que bairro que era, nem qual era o nome da avenida (a avenida mais longa que eu já peguei na minha vida, de fato), só sei que era na Zona Leste (quote: absolutamente nada contra a ZL, estudei meus três últimos anos lá, meus avós moraram toda a minha infância na Mooca, cresci lá praticamente), uma Zona Leste que ninguém que lê esse blog deve conhecer. A única coisa que sei é que passei por dois corpos (de seres humanos), o que foi realmente traumatizante: O primeiro estava com apenas um carro policial ao lado, com alguém com a mão na jugular da pessoa ao chão, provavelmente checando o pulso dela, e o segundo, mais traumático, estava cercado por carros de policia e ambulâncias.

Eu sempre amei São Paulo, e continuo amando mesmo depois disso, mas o que eu vi sexta feira, nessas poucas horas de carro, realmente me assustou e me deixou chateada.

É triste que pessoas da mesma idade que eu não tenham acesso as mesmas coisas que eu tenho, que não tenham direito a uma educação decente, a pais presentes, a ir a lugares legais, que transmitam cultura e lazer, que vivam em condições que os níveis da maioria das pessoas considera sub-humana.

É o que o livro “O cortiço” fala: o meio muda as pessoas. E realmente muda! É incrível como por questão de sobrevivência ou de educação as pessoas são levadas a fazer atos que considero tristes e não condizentes com a natureza humana, por quê na minha singela opinião, o ser humano nasceu sim bom, nos é que nos corrompemos conforme a vida passa (e agora mais do que comprovado, pelo ambiente em que vivemos). Não é a toa que as crianças são consideradas os seres mais adoráveis e verdadeiros que conhecemos: elas ainda não foram corrompidas pelo meio!

É isso, em questão de horas passei de uma realidade a outra, o que me fez refletir e ficar realmente triste, pois a cidade que tanto amo consegue ser ao mesmo tempo catastrófica e maravilhosa.

P.s.: eu e o Lê pedimos desculpa pela falta de atualização do blog, é que nos andamos com o tempo realmente escasso e com a criatividade no meio de uma crise.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Produção e suas Personagens

Por Tati Rosset

Hoje foi um dia produtivo. Exalto ainda: Produtivíssimo. Por quê? Simples: eu relacionei o temo do post de hoje com as minhas duas matérias favoritas: Literatura e História Geral. Vou começar então.

O Maurício falou hoje de dois tipos de personagens normalmente encontrados em romances: a personagem plana e a personagem redonda. A partir desse slide (era um data show) eu comecei uma viagem, procurando sempre uma certa coincidência entre essas personagens e a vida real.

De acordo com o Maurício e os séculos de estudos literários, a personagem plana é uma personagem, digamos, previsível, que mantêm as mesmas características psicológicas do começo ao fim da obra. Enquanto as personagens redondas são exatamente o oposto: aparentam durante o livro ser de uma maneira, e de repente se transformam, agindo contra seus antecedentes, tomando atitudes nada convencionais, inesperadas.

Pois bem, a partir daí comecei a pensar sobre isso: A vida é como se fosse um livro não é? A partir do momento em que nascemos, temos uma página em branco (ou várias) para cada dia, para preênche-las com nossas decisões, histórias, risadas, tristezas. Se a vida é um livro, então nos somos a personagem do nosso livro (entende-se nossa vida), portanto somos personagens redondas ou planas. E qual personagem seria mais divertido ser? Que personagem eu sou?

Os intervalos se passaram, assim como as aulas de exatas (que não dão vazão alguma para os meus pensamentos), e cheguei à aula do meu querido Gian, que estava tratando sobre o meu período cultural favorito da história: O Renascimento (Shakespeare, Dante, Cervantes, Da Vinci sempre me atraíram). O Renascimento trata principalmente dessa tênue linha entre a razão e a emoção, a proporção, a ciência e a religião. Opa, rolou uma ligação, e então meus pensamentos da aula do Mau voltaram mais fortes do que nunca.

Olhando por certo ângulo, podemos ver que os personagens planos são a razão do Renascimento: eles (querendo ou não) agem de acordo com regras, suas próprias regras! São previsíveis, gostam de rotina, não fazem nada muito fora do normal, o que nos leva a concluir que sim, eles pensam antes de fazer alguma coisa. Já a personagem redonda é a emoção: é afobada, fala depois pensa, não leva as coisas muito a sério e do nada, quando você menos espera, toma uma atitude que nem você, e nem mesmo Deus, imaginariam que ela tomaria.

Adorei essa relação! E vim no metrô escrevendo sobre isso. Admito que não ficou tão bom quanto na minha cabeça, e que talvez metade dessas palavras não façam sentido algum, mas acho que é um ponto bom de partida. O próprio metrô é uma personagem(nessa caso redonda, porque eu nunca sei se vou pegar a estação da Sé cheia ou não) do meu livro e de mais milhares de pessoas!

Cheguei à conclusão que sou uma personagem redonda: eu sou muito mais emoção do que razão na maioria dos aspectos, eu falo e depois penso (e ai percebo a grande besteira que saiu da minha boca), e chego a conclusões muitas vezes equivocadas, pelo simples fato de que eu vejo, ai acho, e depois reflito.

É isso, sinto falta da minha querida Av. Paulista (desabafo, mas sinto mesmo), tava precisando ir lá.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Inferno pessoal.

Como os mais observadores devem ter percebido (pelo post "philosophie..."), Tem visita em casa. E, ao contrário da maioria das visitas, essa vai demorar para ir embora. Sim. Minha vó.

Eu sei que a maioria das avós são senhoras super fofas e gentis, que fazem maravilhas culinárias, contam piadas, não te dão cuecas de aniversário...e vocês neste momento estarão pensando:
“Meeu! Como ele pode falar assim da vovozinha dele!”.
Mas a minha vovózinha não se encaixa no estereótipo de vovó idealizada pelos romances mundiais. Que fique claro isso. Ela é totalmente o oposto.

Eu me sinto em um inferno pessoal que parece não ter fim. A cada momento eu imagino as coisas terríveis que podem acontecer. E não é exagero. Da última vez que ela ficou aqui, ela quebrou a porta do armário (encima de mim e a porta pesa no mínimo uns 40 quilos) e colocou fogo na cortina com cigarro. Isso em dois dias.

Já é o terceiro dia de ocupação.
A casa está impregnada com o cheiro de cigarro com gases.
Eu não tenho mais coragem de entrar no banheiro antes de 8 horas após o uso.
Eu não tenho mais coragem de ficar em casa antes de 8 horas após o uso do banheiro.
Minha escova foi obrigada a migrar de banheiro graças à dentadurafobia que ela desenvolveu.
Em breve ela vai migrar para a cozinha... Minha vó não se contenta em apenas destruir o meu banheiro, o lavabo é mais perto da TV.
O sofá fede.
A sala fede.
Meu quarto fede.
Vou deixar o colchão no sol por 3 anos antes de deitar nele novamente. Se deitar.
Minha cachorra não sai mais da lavanderia.
Fazem 3 dias que eu não vejo um inseto sequer dentro de casa.
Fazem 3 dias que não aparece um pedinte.
Fazem 3 dias que eu não consigo estudar.
Rádios AM que eu nunca ouvi na vida agora fazem parte do cotidiano.
Novelas que passam de tarde agora fazem parte do cotidiano.
Passar o dia na varanda agora faz parte do cotidiano.
Pensamentos de jogar senhoras da escada agora fazem parte do cotidiano.
Ela não usa faca, usa os dedos.
Ela não usa guardanapo.
Ela não dá descarga.
Ela usa todos os banheiros da casa.
Ela consegue desestruturar qualquer família.

Estou doando uma velhinha, não lava, não cozinha e dá muito trabalho.
Tratar com Rolandão, o vendedor ambulante da minha sala.

Por um neto ingrato

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Desculpas ao som de Oasis

Por Tati Rosset

Agora munida da minha caixa de lenços, do meu cobertor, da minha cama e das minhas apostilas me encarando, eu posso, finalmente, escrever decentemente. Peço desculpas pela minha prolongada ausência (abusando do português coloquial), mas foi uma semana realmente agitada.

Pois bem, gostaria de me desculpar principalmente para o nosso querido e provavelmente único leitor. Sim, eu li sua critica, e vou respondê-la dignamente, pois um comentário daqueles não pode ser respondido de qualquer jeito. Eu queria principalmente agradecer pela critica. Pode parecer demagogia e tals, mas foi algo que realmente me fez bem, foi um “balde de água fria”. Nunca tinha recebido uma critica tão dura e tão direta a um defeito que eu sei que tenho. Sim, sou orgulhosa, e sou realmente arrogante, admito, culpa minha. O único problema é que naquela frase em questão, em que a minha arrogância foi julgada, foi um dos momentos (raros) que eu não estava sendo arrogante!

Eu sei que pode parecer estranho, mas quando redigi aquele começo de post, não foi pensando nas minhas vastas experiências, mas sim nas experiências das outras pessoas, e justamente por eu não ter uma bagagem tão ampla que gosto de compartilhar histórias! Para mim, até as histórias do meu irmão mais novo são algo a ser compartilhado e ser ouvido com cuidado, porque das histórias dele podemos tirar uma lição de vida.

Por exemplo, eu tenho uma prima de sete anos de idade, e como toda boa criança de sete anos de idade, o que ela mais faz na vida é falar bobagem! Mas sabe que até que algumas bobagens que ela diz fazem sentido? É incrível como o mundo das idéias (grande Platão!) é contraditório!

Na verdade, é justamente por esse motivo que sou tão urbana, que amo tanto São Paulo, que pego metrô todo dia as seis da manha e não me canso: Porque enquanto eu estou na minha viagem diária, várias outras pessoas estão fazendo suas próprias viagens! E quais são as viagens delas? Suas histórias? Suas frustrações? E imagine se ampliarmos essas perguntas para o metrô de Londres, Paris, Nova York! Por isso não conseguiria morar no meio do mato: eu não estaria cercada de histórias!

O ser humano foi algo que sempre me intrigou, que sempre me deixou raivosa e ao mesmo tempo encantada (como uma pessoa falar que faz aniversário no mesmo dia do seu cantor favorito e depois te deixar irritada, mas isso é outra história)! Mas ultimamente tenho me intrigado cada vez mais, talvez por entender tudo com um pouco mais de clareza, por estar vivenciando uma experiência que não serão meus pais, nem quem está ao meu redor que será prejudicado se eu falhar, mas sim eu mesma. È uma grande responsabilidade, e acho que nunca senti algo nesse nível na minha vida antes.

Portanto, peço desculpas, prestarei mais atenção na minha escolha de palavras, se ela é apropriada ou não, e vou prestar mais atenção na minha arrogância, um defeito que tenho e que precisa ser mudado. Não foi meu intuito, nunca foi, sou apenas alguém que gosta de ouvir e compartilhar histórias, que não conseguiria viver num monologo. Inclusive as suas histórias, meu querido critico, eu gostaria de ouvir. Afinal, quem lê tantos textos deve ter inúmeras historias pra contar!

É isso, espero não demorar mais pra escrever. Para o tempinho frio, agradável de completamenta foggy que estamos observando durante as nossas manhãs, eu recomendo Oasis, é o que estou ouvindo nesse exato momento.

Tati Rosset

Philosophie de la Taverne I

Como começar bem a semana: Acordar pela manhã e, ao ir escovar os dentes, encontrar a dentadura da sua avó ao lado da sua escova de dentes.

Meu deus, o que eu fiz para merecer isso!? Será que ela também usa meu listerine?
SOCORRO!

Em cima da pia tinha uma dentadura
tinha uma dentadura em cima da pia
tinha uma dentadura
Em cima da pia tinha uma dentadura.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que em cima da pia
tinha uma dentadura
tinha uma dentadura em cima da pia
em cima da pia tinha uma dentadura


Por Leandro M. e Carlos Drummond de Andrade

sábado, 9 de maio de 2009

Trem Fantasma

É pessoal! São Paulo é uma cidade incrível com pessoas incríveis. A cada dia eu me surpreendo mais com diversas coisas... vou contar um “causo” (em homenagem às amigas mineiras) que aconteceu comigo hoje mesmo!

Hoje foi, sem dúvidas, um dia bem diferente do normal. Cheguei cedo,café, aulas, intervalo,café, aulas, aniversário da Clarissa,parabéns pra você no corredor fantasma, bolo da Clarissa, língua de sogra, língua de sogra no olho da Clarissa, tequila da Clarissa, fim das aulas, truco no bar com a Clarissa, Rafa e Alfenense. Saí de lá às duas e meia e corri pro metrô dar um passeio por um lugar novo de São Paulo com pessoas que eu não conhecia.

O Itinerário foi “simples”, São Joaquim – sé – barra funda – OSASCO – parque villa lobos. Juro, nunca fiz tantas baldeações pra chegar em algum lugar. O mais legal foi que eu cheguei no horário marcado, mas a galerinha fez o favor de me deixar 1 hora plantado na estação (beijo pra vocês!) e eu tive que aproveitar para apreciar a paisagem e o delicioso aroma do rio Pinheiros.

No parque, coisas surpreendentes que não há necessidade de serem comentadas aqui. O legal foi a volta, quem já pegou trem da CPTM às 8 da noite sabe o que eu estou falando. O trem era dos mais velhos de toda a frota e o que eu achei curioso é que tinha uma substância preta parecida com carvão esfarelado em todos os bancos próximos (uns 10 bancos, sem brincadeira) e em todo o chão, sem contar alguns parafusos.

Não posso negar que eu fiquei, no mínimo, apreensivo. Nunca peguei aquele trem, naquele horário, naquele lugar e, como bom paranóico que sou, comecei a imaginar as mais malucas possibilidades. Pra piorar a situação, olhei pela janela e só tinha mato, mato e mais mato... (som de interferência altíssimo) “próxima estação, Imperatriz Leopoldina”. Juro, foi a voz de motorista de trem mais assustadora que eu já ouvi na minha vida. Combinado com a péssima qualidade do som, a sujeira do vagão com uma substância não identificada e a relativa escuridão, me senti num verdadeiro trem fantasma.

Não consigo colocar em palavras a sensação! Agora eu dou até risada tamanha a idiotice na hora. Aquele trem balançando no escuro... parecia que íamos todos para o infeeeerno. E o melhor de tudo: a luz apagou por alguns segundos. Tá, a luz não apagou... mas teria sido MUITO legal.

Obrigado CPTM pela maravilhosa experiência

Leandro M.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Post rápido só para responder aos comentários!

Amigo Anônimo, muito obrigado pelos comentários e pela paciência vir aqui quase diariamente! A Tati não respondeu ainda porque nós estivemos meio sem tempo essa semana graças ao delicioso simulado que fizemos. Mas não se preocupe! Ela vai vir em breve e tenho certeza que vai te responder satisfatoriamente. Eu agora fico na dúvida se todos os posts assinados por “anônimo” são da mesma pessoa! Por favor, assine diferenciadamente! E vamos conversar bastante.

É legal ver que o blog, apesar de novo, tem recebido várias visitas! Espero que estejam gostando e vou fazer de tudo para, sempre que sobrar um tempinho, escrever aqui.

Um abraço a todos!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Não tem mais canção do exílio.

Hoje eu entrei em um site de notícias para procurar a tão falada imagem do Ronaldo com o Wolverine e me deparei com uma manchete que me deixou, no mínimo, puto. Dizia o seguinte : “STF livra Delúbio e Valério do crime de gestão fraudulenta”.

Na minha cabeça, o STF funciona para julgar e punir as pessoas que causam males à sociedade não é mesmo? Então por que isso não acontece? Por que que os políticos sempre escapam ilesos?

Em um país que o presidente diz não saber nada sobre os esquemas que o cercam e que coisas como doação de passagens aéreas são coisas corriqueiras e NORMAIS, sim, ele disse que são coisas NORMAIS, não se pode esperar muito nem mesmo do órgão que o povo deposita as últimas esperanças que é o judiciário.

Escândalos acontecem com tanta frequência que eu, às vezes, me sinto mal por ser Brasileiro e assistir tudo isso acontecer tão passivamente. Mas que chance eu tenho de fazer alguma mudança sozinho? É complicado um garoto de 17 anos querer ter ambições políticas e conquistar votos de toda uma nação quando ainda não tem barba e possui todos os dedos.

Mas a sequência de notícias não parou por ai, estamos falando do Brasil. Tinha até notícia de uma vereadora na Bahia que recebe o Bolsa Família. Ainda correndo os olhos (que belo uso de figuras de linguagem!) pelas manchetes li uma “interessante”. Lembram do deputado do castelo? Então! O STF vai julgar o caso e pode condena-lo a até 5 anos de prisão.

A justiça é mesmo uma piada. 5 anos de prisão por roubar a sociedade em benefício próprio enquanto que a dona da Daslu pegou mais de 90 anos por não dar dinheiro pro governo enfiar no cu. Por que isso? Simples. A dona da Daslu não sabe de nada, ninguém tem o rabo preso com ela... Então ela não tem ninguém para dedurar e pode ficar presa quanto tempo for necessário para servir de exemplo de que não se pode sonegar. Agora, o Marcos Valério? O Delúbio? Já entenderam o que eu quero dizer.

Não vou dizer que todos em Brasília são filhos da puta, alguns realmente tentam fazer alguma coisa. Um exemplo disso é o Protógenes, o cara tentou pôr ordem na casa e foi derrubado, processado, crucificado, escravizado e prostituído em Roma pelo nosso querido Papa (aquele mesmo, o Gregório).

Não vou dizer mesmo que no governo o percentual de filhos bastardos comedores de bosta frita de camelo é de 97%. Mas, é tanta sujeira, tanta sujeira, que eu duvido muito que, hoje em dia, alguém escreveria alguma coisa sobre uma terra que tenha palmeiras ou sabiás.

Leandro M.





fiquem com as palavras do mestre!
http://www.youtube.com/watch?v=bEFn3rN1lG8

segunda-feira, 4 de maio de 2009

The Bucket List (part 2)

O Lê fez a dele. E agora fico pensando se deveria fazer uma. A minha idéia pro blog é fazer as pessoas refletirem mais sobre as próprias vidas a partir das minhas próprias experiências. Não sei como isso pode ajudar alguém, e também penso que esse blog não deve virar um livro de auto ajuda (se fosse pra virar, eu estaria vendendo-o e ganhando milhares de reais falando pros outros o que fazer para melhorarem, quando essas mesmas pessoas não percebem que o que é necessário para ajudá-las esta dentro delas mesmas, e não nas paginas de um livro).
Portanto, vou fazer a minha lista a nível de curiosidade e, se alguém se identificar, é sinal de que não sou assim tão criativa, ou que nossos sonhos são os mesmos, assim como nossa essência.

1 – Aprender a tocar guitarra e piano e me exibir por isso.
Tenho vontade de aprender desde que nasci e provavelmente a vontade continuará a mesma ate os meus 80 anos de idade (só que uma velhinha tocando guitarra não é tão cool).

2 – Criar minha própria linha de moda.
É sério! Sou muito criativa quando se trata de “criar roupas”.

3 – Ir pra Nova Zelândia e praticar todos os esportes radicais existentes lá.
Uma síntese de todos os esportes radicais que queremos praticar na nossa vida.

4 –Ver um show da banda do Johnny Depp.
Meu ator favorito é roqueiro, o que é que eu posso fazer!

5 – Criar uma ONG.
Porque eu não quero só ganhar dinheiro: eu quero ganhar dinheiro e fazer algo bom come ele!

6 – Escrever um livro. (vide item 1 da lista do Lê).
Afinal, nós todos temos uma boa história para ser contada.

7 – Fazer um filme tão bom quanto os do Tarantino, Tim Burton ou Steven Spielberg!
Não por ficar famosa, mas sim pra dizer: “ta vendo aquela obra prima? Eu que fiz.”.

8 – Ir morar em Londres.
Vou morar em Londres, mas morro em São Paulo.

9 – Agradecer o Bill Gates e o Steve Jobs pessoalmente.
Eu não seria nada sem meu Ipod ou meu computador (fica a dica tecnológica).

10 – Viajar o mundo.
Todos os lugares importantes pra história da humanidade: Da França a Índia!

11- Usar essa lista apenas como base (vide item 11 da lista do Lê).

Sabe que conforme os itens vão aumentando de número, vai ficando cada vez mais difícil definir quais são os seus sonhos? E provavelmente essa lista ainda vai mudar tanto. Então fica a dica, façam uma lista dessas a cada um ano! E Depois comparem o que mudou, ou o que não mudou.

Tati Rosset

domingo, 3 de maio de 2009

The Bucket List

Quem viu o filme, já sabe sobre o que eu vou falar. A Tati disse uma coisa muito interessante no post anterior...(e não é a minha relação com a minha tia) algo sobre escrever um livro e todo mundo devia fazer isso e etc etc etc... Como vocês já devem ter percebido, isso me lembrou aquelas clássicas listas de “11 coisas para fazer antes de morrer” e, na minha, escrever um livro está entre os items! E como “fazer uma lista de 11 coisas” está na lista... vou aqui no blog cumprir mais esta etapa da minha vida!

Eu sei que falar coisas como essas são extremamente pessoais e chatas, mas, como diria o Abner, “to nem ai”. A minha lista é simples e tem coisas de senso comum como todas elas:

1 – Escrever um livro e ficar famoso com ele:
Uma maneira digna de marcar sua existência simples na história.

2 – Pular de pára-quedas.
Já está marcado!

3 – Doar sangue

Pelo menos uma vez por ano. Não dói...muito... e salva vidas.

4- Ficar famoso
Maldita necessidade de aparecer!

5 – Fazer uma lista de 11 coisas para fazer antes de morrer

~ Sucesso!

6 – Plantar uma árvore. (ou várias)
Colaborar para a preservação da espécie não está relacionado somente com sexo.

7 – Fazer uma viagem maluca e simbólica.
Aqueles lugares de sempre das aulas de história. Passeio pelas principais cidades da Europa e seguir por “Constantinopla” até Jerusalém brincar de cruzados e libertar a cidade dos infiéis para a alegria do Papa Gregório. Bom, São Tomé das Letras também é uma boa pedida.

8 – Ser realmente bom em alguma coisa.
Nem que seja no jogo da vida, truco ou campeonato de cuspe à distância.

9 - Fazer uma música.
Uma música realmente boa. Não aquelas merdinhas que eu fazia para a minha ex.

10 – Pilotar um avião.
Aprendi jogando videogame, só falta por em prática!

11 – Ignorar completamente essa lista e fazer tudo que me der vontade


E você? Qual a sua?

Adoro essas perguntas altamente reflexivas! Dão um ar totalmente “Redação da Tia Maricota na quinta série”. Temos que salvar o planeta! E você? Já fez sua parte?

Leandro M.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Arquiteto das Palavras

Eu li outro dia um artigo sobre escrever livros. Não lembro bem do título, mas lembro que era sobre a importância de uma pessoa comum escrever um livro. Eu mudei meu conceito sobre todos os escritores que gosto a partir daquele momento.

Acredito que todos deveríamos escrever um livro, manter um diário, começar um blog. É uma maneira de expressarmos nossas vontade e medos, de “colocarmos pra fora” todas as nossas angustias e felicidades. Eu costumava ter um diário até a minha oitava série. Não era bem um diário, era mais uma agenda onde eu escrevia tudo que eu pensava, as vezes não tinha espaço, e eu tinha que grudar mais umas 2 folhas de fichário pra completar meu raciocínio. Hoje, quando leio tudo que escrevi a 3 anos atrás, eu dou risada. Ler os problemas pequenos que me afligiam me faz dar risada hoje! Ai eu paro e penso: “provavelmente, os problemas que me afligem hoje serão motivo das minhas risadas de amanhã.”: isso é a maior prova de que evoluímos.

A tia do Lê chamou ele de arquiteto das palavras outro dia; concordo com ela, ele realmente é. Todos nos somos! Alguns tem uma maior facilidade pra se expressar através de palavras, outros menos, mas todos somos! Todos os dias formamos centenas de frases sobre um assunto em particular, sobre nosso dia-a-dia, contamos historias, revemos fatos. Isso nos torna também arquitetos da palavra! Todos somos, e se não somos, deveríamos ser!

Esse é o meu conselho pro feriado: comecem a escrever um livro, ou mantenham um diário. Ou simplesmente peguem uma folha em branco daquela lição chata de física e escrevam a primeira coisa que vier a sua cabeça.

Tati Rosset